Marina, morena, vem vindo em busca da
presidência do Brasil, sem se pintar. Uma presença forte, de um corpo que
parece frágil, com semblante que remete ao povo das florestas do Norte. São muitas
as críticas e considerações sobre o provável comprometimento de seu mandato com
posturas defendidas pela congregação evangélica a que pertence, principalmente
no que se refere às questões das relações homoafetivas, do aborto e outros
tantos temas que nenhum dos candidatos se atreve a abordar. Marina foi fadada
ao conservadorismo e ao retrocesso por alguns críticos. Mas a presença de
Marina é ainda muito mais inusitada, com seu cabelo sempre preso, com típico
penteado em coque da senhorinhas da Assembleia de Deus, revoluciona nos
modelitos, descartando os tradicionais terninhos. Apareceu diversas vezes com
estampas que lembram a floresta e colares, muitos colares de sementes de açaí,
mulungu, licuri, jarina e haste de palmeira pupunha. São colares de todos os
jeitos, dona de um estilo próprio, mas com toque das tribos ashaninka e navajos, Marina se enfeita de Amazônia.