Lendo
uma publicação sobre o contraste arquitetônico do Rio, lembrei do palacete mourisco, lindo, onde era o Cine Palácio na Cinelândia, ainda de pé, firme e
forte, espero que para sempre (outro dia vi um trator retirando entulhos de
lá). A mesma sorte não teve o Pavilhão Mourisco de Botafogo, deste só sobrou o
nome, que foi emprestado para o prédio horroroso a que deu lugar. Depois pensei que esse "contraste arquitetônico" nos influencia diretamente.
A cada dia somos transformados e mudamos, junto com a Cidade, maravilhosa que
é. Somos crisálidas na Selva de Pedra.
O Cine Palácio já não funciona, mas o prédio continua como uma das pérolas da diversidade da Cidade, que é transformada a cada dia e nos transforma junto.
É triste saber que essa joia digna de Granada na Espanha, existiu em Botafogo. Estamos de passagem por aqui, nesta cidade que é de todos, mas às vezes parece pertencer a uns poucos, que se sentem no direito de mutilá-la. O Rio de Janeiro seria ainda mais impressionante e maravilhoso se eles deixassem.
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